fevereiro 26, 2019



 A Biblioteca Escolar esteve presente no 3.º Encontro Literatura e Ciência: Mentes/Inteligência Artificial: Aplicações e Implicações.
Foi no Teatro Thalia, no dia 18 de fevereiro, às 17:00, e resultou de uma parceria entre o Plano Nacional de Leitura (PNL) e o Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa (CEAUL).

   Começámos por embarcar numa breve viagem no tempo, pela literatura e pela matemática. Não fosse este um ciclo de conferências dinamizado pelo PNL, ficaram algumas sugestões de livros que estabelecem relações (im)prováveis com a matemática e a estatística. A não perder!


Sabia que…

... o escritor britânico Geoffrey Chaucer escreveu, no século XIV, um conto chamado «A franklin’s tale», onde apresenta em pormenor cálculos astronómicos para a previsão de marés?

... o escritor Edwin Abbott Abbott escreveu um livro chamado Flatland (em português, O País Plano) cujas personagens são figuras geométricas?



... no século XX, Jorge Luís Borges publicou o conto «O aleph», em que o termo «aleph» significa o ponto de onde é possível ver todos os outros pontos do universo?


... Raymond Queneau publicou, com a ajuda do matemático François Le Lionnais, um livro de 10 sonetos que, graças a um processo combinatório de tiras de papel, permite formar mais de cem mil biliões de poemas (sim, é mesmo verdade: o público teve o livro na mão): Cent Mille Milliard de Poèmes?


  Jorge Buescu, Arlindo Oliveira e Dinis Pestana relacionaram o funcionamento da mente com a matemática, a literatura e o cinema, entre outras artes. Não resistimos a partilhar esta «pérola» do cinema mudo, com Buster Keaton, numa cena que retrata o dia a dia de dois homens que vivem numa «casa inteligente», de uma só divisão, em que tudo funciona com o mínimo esforço: 

Cena «One Room House», com Buster Keaton

    Arlindo Oliveira (Doutorado em Engenharia Eletrotécnica e Ciências da Computação pela Universidade de Califórnia em Berkeley e Professor do Departamento de Engenharia Informática do Instituto Superior Técnico) mostrou como os avanços da ciência e da tecnologia têm permitido criar uma Inteligência Artificial que cada vez mais se aproxima do ser humano. No entanto, paira a questão: durante quanto tempo será o cérebro humano o único capaz de acolher uma mente consciente? Sabia que já há máquinas capazes não só de imitar, de prever mas também de aprender? E de conversar connosco, exprimindo emoções? Conhece, por exemplo, a condução «inteligente» dos automóveis Tesla ou o robô humanoide Sophia? 

Professor Doutor Arlindo Oliveira



Sem comentários:

Enviar um comentário