A Biblioteca Escolar esteve presente no 3.º Encontro Literatura e Ciência: Mentes/Inteligência Artificial: Aplicações e Implicações.
Foi no
Teatro Thalia, no dia 18 de fevereiro, às 17:00, e resultou de uma parceria
entre o Plano Nacional de Leitura (PNL) e o Centro de Estatística e Aplicações
da Universidade de Lisboa (CEAUL).
Começámos
por embarcar numa breve viagem no tempo, pela literatura e pela matemática. Não
fosse este um ciclo de conferências dinamizado pelo PNL, ficaram algumas
sugestões de livros que estabelecem relações (im)prováveis com a matemática e a
estatística. A não perder!
Sabia que…
... o escritor britânico Geoffrey Chaucer escreveu, no século XIV, um conto chamado
«A franklin’s tale», onde apresenta em pormenor cálculos astronómicos para a
previsão de marés?
... o escritor Edwin Abbott Abbott escreveu um livro chamado Flatland (em português, O
País Plano) cujas personagens são figuras geométricas?
... no século
XX, Jorge Luís Borges publicou o conto «O aleph», em que o termo «aleph»
significa o ponto de onde é possível ver todos os outros pontos do universo?
... Raymond
Queneau publicou, com a ajuda do matemático François Le Lionnais, um livro de
10 sonetos que, graças a um processo combinatório de tiras de papel, permite
formar mais de cem mil biliões de poemas (sim, é mesmo verdade: o público teve
o livro na mão): Cent Mille Milliard de
Poèmes?
Jorge
Buescu, Arlindo Oliveira e Dinis Pestana relacionaram o funcionamento da mente
com a matemática, a literatura e o cinema, entre outras artes. Não resistimos a
partilhar esta «pérola» do cinema mudo, com Buster Keaton, numa cena que
retrata o dia a dia de dois homens que vivem numa «casa inteligente», de uma só
divisão, em que tudo funciona com o mínimo esforço:
Cena «One Room House», com Buster Keaton
Arlindo Oliveira
(Doutorado em Engenharia Eletrotécnica e Ciências da Computação pela
Universidade de Califórnia em Berkeley e Professor do Departamento de
Engenharia Informática do Instituto Superior Técnico) mostrou como os avanços
da ciência e da tecnologia têm permitido criar uma Inteligência Artificial que
cada vez mais se aproxima do ser humano. No entanto, paira a questão: durante
quanto tempo será o cérebro humano o único capaz de acolher uma mente
consciente? Sabia que já há máquinas capazes não só de imitar, de prever mas
também de aprender? E de conversar connosco, exprimindo emoções? Conhece, por
exemplo, a condução «inteligente» dos automóveis Tesla ou o robô humanoide Sophia?
![]() |
| Professor Doutor Arlindo Oliveira |



Sem comentários:
Enviar um comentário